E agora?

O ano não começou nada legal para o Botafogo. Com um time considerado fraco pela grande maioria dos especialistas em futebol, não conseguiu surpreender como nos últimos anos e, com isso, foi eliminado das duas competições que regem o primeiro semestre do futebol brasileiro. Incompetência?

Joel Santana é sim um bom técnico. Será lembrando sempre no clube principalmente pela conquista do Campeonato Carioca de 2010. Mas, o fim do Campeonato Brasileiro do ano passado foi determinante para a mudança de mentalidade da torcida em relação ao técnico. Foi sim a melhor campanha do Botafogo em campeonato de pontos corridos, mas diferentemente do que parece, ela não é reconhecida como tal, porque a sua postura um tanto reservada nos jogos irritou bastante a torcida, culminando com não classificação do time para a Libertadores. Assim, os protestos contra a "lenda" ( como ele se denominava ), começou a ser constante. E seus erros cada vez se multiplicando.

Então veio 2011 e com ele a mesma teimosia do técnico. Para piorar, a visível mistura de competência e sorte, que no início foi a marca do seu trabalho, parecia ter desaparecido. No Carioca deste ano, não houve uma apresentação que pudesse convencer a torcida de que aquele time lutaria por algo maior. O time tinha suas carências e a maior delas sofreu uma baixa logo no início da temporada. Renato Cajá, depois de uma bela atuação individual no clássico contra o Fluminense ( único em que o Botafogo conseguiu sair com a vitória neste Carioca ), foi liberado pelo Botafogo com a autorização de Joel. O time ficou sem um armador e o que já não era bom, piorou. A derrota no clássico contra o Vasco determinaram o fim do ciclo do técnico no Botafogo, pelo menos por enquanto.

Caio Júnior chegou para tentar fazer o milagre de colocar um time mais avançado sem reforço algum. Era tudo o que a torcida queria ouvir naquele momento, mas a situação já não estava tão simples assim. A eliminação na Taça Rio era quase certa e assim aconteceu. Restava a Copa do Brasil para "salvar" o primeiro semestre. Restava.

O time passou pelo Paraná, mas não resistiu ao Avaí. E, claro, a briga generalizada no fim do jogo na Ressacada fechou esse primeiro semestre desastroso de um time que estava em plena mudança de comando e trabalho. Resultado? Um mês de "férias".

Após isso tudo, a única palavra que se ouvia da torcida era contratação. Praticamente um mês se passou e o saldo dessas férias fora de hora foi a contratação de Thiago Galhardo, as voltas de Fábio Ferreira e Maicosuel e a dispensa do tão contestado Fahel ( Amém! ). Muito pouco para quem precisava de mais novidades.

Dia 22 de maio começa o Brasileirão para o Botafogo. Primeiro jogo contra o Palmeiras fora de casa e o Caio Júnior terá que se virar com o que tem até agora. Não podemos exigir tanto do Maicosuel e do Fábio Ferreira que estão voltando de um longe período de inatividade. Precisam de ritmo de jogo e isso só será normalizado com o tempo. Ou seja, pouca coisa mudou e a desconfiança da torcida continua a todo vapor.

E agora diretoria, o que esperar deste restante de temporada?