quinta-feira, 29 de abril de 2010

Herrera neles

É impossível não se emocionar e comentar as atuações desse atacante. Depois de uma contestada temporada no Grêmio, chegou ao Botafogo com desconfiança. Que ele era um bom atacante ninguém duvidava, mas daria certo aqui? Ninguém poderia ter certeza. Foi uma aposta da diretoria. E que bela aposta!
Os números do atacante são muito bons. Foram 12 gols marcados com a camisa do Botafogo até agora. No primeiro jogo do ano, contra o Macaé, lá em Campos, ele fez o nosso primeiro gol do ano, no maior estilo Loco Abreu, Macaé 2 x 3 Botafogo.
Logo depois, na partida contra o Vasco, foi um dos poucos jogadores que sairam sem serem vaiados de campo. Motivo? Mesmo estando 6 x 0 pro time lá da colina, ele disputava cada bola como se o time pudesse reverter o placar a qualquer momento. Deu gosto de ver, apesar do fatídico placar.
Na partida contra o Tigres, marcou um gol importantíssimo na nossa vitória por 2 x 1, enquanto o Botafogo estava pressionado pela torcida. Contra o Duque de Caxias, fez os dois gols do alvinegro, na vitória por 2 x 1, de pênalti ambos. Contra o Fluminense, na Taça Rio, fez o gol que abriu o placar da partida, que seria vencida pelo tricolor. Contra o Santinha, fora de casa, fez o nosso gol da vitória por 0 x 1.
No insistente empate 2 x 2 contra o Flamengo, fez os dois gols do time. Na vergonhosa derrota para o Santa Cruz no Engenhão ( 2 x 3 ), fez os dois gols do time, sendo que o segundo foi belíssimo. Na final contra o Flamengo, abriu o caminho para a nossa conquista ( 2 x 1 ) e no amistoso contra o Corinthians, fez o terceiro gol da vitória por 3 x 1.
Ok. Perdeu muitos dos gols também, mas a sua entrega dentro de campo faz dele muito querido pela torcida. A prova disso foi o amistoso de domingo contra o Timão. Era um amistoso, que servia para entregar as faixas de Campeão Carioca, e lá estava o Herrera conrrendo para todo lado, como se aquele jogo valesse mesmo algum campeonato. Com ele em campo, não há bola perdida!
Sua importância tática no time é incontestável. Na formação natural com Loco Abreu, ele abre para todos os lados do campo, para dar mais opções ao ataque e confundir ainda mais a defesa adversária. Porém, quando entra o Caio, ele é centralizado, quase como meia, fazendo muitas vezes a função que pertenceria ao Lucio Flavio. Consegue ir muito bem. Basta ver que, muitos gols, principalmente do garoto Caio, saem de jogadas começadas por ele, ou passes do próprio.
Todas as vezes que o time fica com um jogador a menos, ele fica solitário lá na frente ( já que sempre Loco Abreu que sai ), e ainda volta para marcar. Aliás, esse tem sido o grande trunfo de Joel Santana, já que o time mais se defende do que ataca. Não é só o Herrera que sempre volta para marcar. Todos os jogadores lá da frente voltam e saem em velocidade.
Os gols são fruto, muitas vezes, de sua insistência em campo. E isso todos podem ter certeza que contagiou o time. A notícia de sua possível saída para o futebol da Coreia do Sul tem que ser tratada pela diretoria com delicadeza. Tirar uma das grandes personalidades do time pode não ser uma boa ideia. E não é. Ele não sente um momento de pressão, como acontece também com Abreu, e parece que foi somando esse ataque a um excelente goleiro, que foi criado o diferencial do Botafogo esse ano.
Sobre a bandeira argentina que estava na arquibancada na final do Carioca ele disse: "Fiquei muito emocionado quando vi uma bandeira da Argentina no meio da torcida. Quase fui às lágrimas. Essa homenagem prova que qualquer coisa pode ficar além desta rivalidade". E fica mesmo.
Como já disse, ele conseguiu em pouco tempo, o que muitos dentro do grupo ainda não conseguiram: respeito e admiração da torcida. Sem status algum de ídolo, chegou e vai conquistando seu espaço timidamente. Seu desejo de continuar o trabalho aqui em General Severiano é aberto. E certamente não só dele...

Saudações alvinegras a todoos ;*

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